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As próximas eleições presidenciais nos Estados Unidos prometem ser um dos eventos mais significativos na política global recente, com implicações que vão além das fronteiras americanas. A disputa entre Donald Trump e Kamala Harris representa não apenas uma escolha entre dois indivíduos, mas entre duas visões radicalmente diferentes para o futuro da América do Norte e suas relações externas, especialmente com parceiros como o Brasil.

Políticas Econômicas e Comércio Internacional:
Donald Trump, conhecido por sua abordagem "America First", pode continuar a impulsionar políticas protecionistas que influenciam as tarifas e os acordos comerciais internacionais. Seu mandato anterior viu a renegociação do NAFTA, impactando diretamente o comércio na América do Norte e com parceiros comerciais como o Brasil. Uma segunda presidência poderia fortalecer essas políticas, potencialmente impondo desafios para a exportação de produtos brasileiros para os EUA.

Por outro lado, Kamala Harris, representando o partido Democrata, poderia adotar uma abordagem mais tradicional e multilateral nas relações comerciais. Sua política pode favorecer a reinserção dos EUA em acordos como a Parceria Transpacífico (TPP) e fortalecer laços com blocos econômicos, incluindo o Mercosul, o que poderia beneficiar o comércio e os investimentos entre os EUA e o Brasil.

Políticas Ambientais e Mudanças Climáticas:
O retorno de Trump pode significar um afrouxamento nas políticas ambientais, com menos ênfase nos acordos climáticos que afetam diretamente nações com vastos recursos naturais, como o Brasil. Isso poderia resultar em pressões econômicas e sociais sobre o Brasil para alinhar suas políticas de uso da terra e ambientais com as demandas do governo Trump.

Em contraste, Harris é vista como uma defensora das políticas de combate às mudanças climáticas. Sua eleição poderia fortalecer os esforços globais para combater o aquecimento global, pressionando o Brasil a adotar práticas mais sustentáveis e, possivelmente, ajudando a mediar o financiamento para preservação ambiental.

Relações Diplomáticas e Segurança:
Sob Trump, as relações EUA-Brasil poderiam se tornar ainda mais estreitas, continuando a parceria estabelecida durante seu mandato anterior, focada em alinhamentos ideológicos e colaborações em segurança. No entanto, essa proximidade pode também levar o Brasil a posições geopolíticas mais polarizadas.

Kamala Harris poderia redefinir as relações diplomáticas através de uma abordagem mais equilibrada, potencialmente priorizando os direitos humanos e a democracia. Isso poderia influenciar positivamente a imagem do Brasil no exterior, especialmente se o país adotar políticas que ecoem os valores defendidos por Harris.

As eleições nos Estados Unidos em 2024 têm o potencial de redefinir não apenas o desenvolvimento econômico e social da América do Norte, mas também de remodelar fundamentalmente as relações exteriores com o Brasil. Seja sob a liderança de Trump ou Harris, o Brasil enfrentará desafios e oportunidades que exigirão uma diplomacia astuta e adaptativa. Como esses líderes irão influenciar os próximos capítulos da política e economia norte-americana permanece uma questão vital para observadores globais e políticos brasileiros.